A Organização Não Governamental (ONG) Greenpeace usa
informações falsas e duvidosas com o objetivo de criminalizar o setor florestal
madeireiro da região, fechar as portas do mercado internacional para as
empresas brasileira e causar a falência das mesmas, extinguindo milhares de
empregos. A avaliação é da Associação das Indústrias Madeireiras de Santarém e
Região (ASIMAS), que em nota divulgada esta semana, rebate as acusações feitas
recentemente pelo Greenpeace e lança dúvidas sobre a atuação desta organização
no Brasil.
A Asimas diz que O setor florestal madeireiro é o segmento econômico mais controlado do País, com inúmeros processos de controle e fiscalização, inclusive com um moderno e rigoroso sistema de cadeia de custódia. O Brasil, portanto, é o País que possui o mais rigoroso e eficiente sistema de controle sobre a atividade florestal madeireira, com o objetivo de garantir a sustentabilidade do setor e a preservação da floresta.
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A Asimas diz que O setor florestal madeireiro é o segmento econômico mais controlado do País, com inúmeros processos de controle e fiscalização, inclusive com um moderno e rigoroso sistema de cadeia de custódia. O Brasil, portanto, é o País que possui o mais rigoroso e eficiente sistema de controle sobre a atividade florestal madeireira, com o objetivo de garantir a sustentabilidade do setor e a preservação da floresta.
LEIA A NOTA NA ÍNTEGRA:
ASIMAS
ASSOCIAÇÃO DAS INDÚSTRIAS MADEIREIRAS DE SANTARÉM E REGIÃO
Santarém – Pará, 12 de Novembro de 2014
NOTA À SOCIEDADE
A Associação das Indústrias Madeireiras de Santarém e Região (ASIMAS), considerando as últimas notícias envolvendo denúncias da Organização Não Governamental (ONG) Greenpeace sobre a exploração de planos de manejos madeireiros na região, vem à sociedade prestar os seguintes esclarecimentos:
A ASIMAS, como entidade representativa do setor florestal regional, mas também defensora de práticas éticas e sustentáveis no uso dos recursos naturais, antes de se posicionar a respeito, tomou o cuidado de checar as informações divulgadas pelo Greenpeace, buscando tomar conhecimento dos fatos e, principalmente, saber se tais informações são de fato verdadeiras.
O setor florestal madeireiro é o segmento econômico mais controlado do País, com inúmeros processos de controle e fiscalização, inclusive com um moderno e rigoroso sistema de cadeia de custódia. O Brasil, portanto, é o País que possui o mais rigoroso e eficiente sistema de controle sobre a atividade florestal madeireira, com o objetivo de garantir a sustentabilidade do setor e a preservação da floresta.
Quando a ONG Greenpeace, em reportagem exibida em rede nacional, afirma que toda a cadeia produtiva da madeira está contaminada pela ilegalidade, resta considerar que o objetivo da organização é lançar suspeitas sobre todo o sistema de controle brasileiro, que repetimos, é o mais avançado, rigoroso e seguro do mundo. É de se perguntar a quem interessa – que não a grupos com interesses financeiros no mercado internacional - criminalizar não somente toda cadeia produtiva da madeira brasileira, mas também todo o sistema de controle e fiscalização - exercido de forma intransigente até - pelo governo brasileiro.
Informamos que, em relação ao monitoramento realizado pelo Greenpeace em apenas dois de centenas de caminhões que transportam madeira na região, os mesmos são veículos pertencentes a autônomos, que são contratados esporadicamente pelas empresas citadas na denúncia, mas não atuam exclusivamente para estas empresas e, portanto, realizam outros trajetos aos quais as empresas não têm conhecimento e, portanto, controle sobre a atuação destes caminhões quando os mesmos estão a serviços de terceiros. Informamos ainda que tal monitoramento, com a instalação de equipamentos nestes veículos, configura crime, uma vez que não existiu qualquer tipo de autorização.
Sobre denúncia relativa à empresa Odani, de que estaria usando documentos oriundos de um Plano de Manejo Florestal Sustentável para legalizar madeira retirada em área sem autorização, informamos que a denúncia se comprovou absolutamente falsa, uma vez que em vistoria realizada na área de manejo, verificou-se que a mesma foi devidamente explorada, ou seja, a madeira obtida pela empresa realmente teve origem em área de manejo. Fiscalização exercida pela Secretaria de Meio Ambiente do Pará (Sema) na área demonstrou que a mesma foi explorada. No mês de julho, a engenheira responsável pelo projeto esteve na área e tirou fotos, que posteriormente foram publicadas em uma rede social, comprovando que naquela data a área já estava sendo explorada e demonstrando que a denúncia feita pelo Greenpeace é falsa.
É importante ressaltar que tanto os militantes da ONG como uma equipe de reportagem da TV Globo, que fizeram a denúncia e afirmaram que a Odani estaria retirando madeira de área pública e apenas usando documentos da área de manejo, não permaneceram em Santarém para acompanhar a fiscalização da Sema, realizada um dia após o sobrevoo feito em avião a serviço do Greenpeace naquela região. No sobrevoo, exibido em reportagem no programa Bom Dia Brasil, da TV Globo, foi mostrada uma área de floresta intacta. Ocorre que a fiscalização da Sema demonstrou que a área de manejo de fato foi explorada, ou seja, é preciso saber qual área efetivamente foi sobrevoada pelo aeronave a serviço do Greenpeace. A decisão do Greenpeace e da equipe de reportagem de não acompanhar a fiscalização demonstra total desinteresse em buscar a verdade e lança suspeitas sobre os reais objetivos desta organização estrangeira em nossa região.
Informamos que tanto a imprensa em geral ou quem mais se interessar poderá visitar inloco o Plano de Manejo objeto da denúncia veiculada pelo Greenpeace, para comprovar as informações prestadas pela empresa. Informamos ainda que todas as empresas citadas na denúncia estão de portas abertas a qualquer fiscalização, bem como do público em geral que tenha interesse em saber como funciona o setor e quais as medidas de controle tomadas pelo governo para fiscalizar a atividade e pelas empresas para evitar a aquisição de matéria-prima de origem duvidosa.
As empresas citadas nas denúncias são as primeiras a defenderem qualquer tipo de fiscalização, desde que alicerçada na realidade, pois têm total interesse no esclarecimento das acusações e em demonstrar a forma transparente e legal com que atuam. Repudiam qualquer prática ilegal e reafirmam que adquirem somente madeira de origem comprovadamente legal e que realizam diversos procedimentos internos com vistas a reduzir as chances de ilegalidade na cadeia produtiva e aumentar a confiabilidade de suas práticas. Ilegalidades, qualquer que sejam e por mais pontuais, não interessam a estas empresas, que fornecem produtos acabados a um mercado internacional extremamente exigente.
Lamentamos que a imprensa brasileira esteja sendo usada por grupos internacionais para disseminar informações muitas vezes falsas, que trazem como pano de fundo interesses comerciais que são opostos aos interesses nacionais, tentando manchar a imagem de um setor responsável pela geração de milhares de postos de trabalho e que, nos últimos anos, vem trabalhando de forma incansável para adotar práticas cada vez mais sustentáveis. Partilhamos da mesma boa fé dos órgãos de imprensa e estamos imbuídos dos mesmos objetivos, que são o da preservação da floresta, mas com geração de emprego, renda, impostos e divisas para o nosso País.
Destacamos nossa confiança no sistema de controle e fiscalização brasileiro, informando que o setor sofre a fiscalização de órgãos como o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (IBAMA), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), do Instituto Chico Mentes (ICMBIO), Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Institutos Florestais dos Estados (Ideflor) e das Secretarias Municipais de Meio Ambiente, além de outros órgãos, como Receita Federal, Secretaria de Estado da Fazenda e do Ministério do Trabalho. É o único país do mundo com todo este controle sobre um segmento econômico, que vem adotando práticas ceda vez mais sustentáveis e mais rígidas, tornando o produto florestal madeireiro de nosso País um dos mais caros do mundo, criando sérias restrições de mercado.
O setor não recebe qualquer tipo de apoio econômico do governo, nem incentivos, mesmo assim, vem dando importante contribuição para a geração de emprego e renda e, o mais importante, para a preservação da floresta amazônica, através de práticas como o manejo florestal sustentável, a concessão florestal, a cadeia de custódia, a certificação, entre outras.
Por fim, cumpre alertar que caso o Greenpeace e seus parceiros obscuros consigam o seu intento, que não é outro se não o de inviabilizar o produto florestal brasileiro no mercado internacional, não restará alternativa às empresas da região que não o encerramento das suas atividades e a dispensa dos seus quadros de funcionários, causando desemprego e abrindo ainda mais espaço àqueles que atuam de forma ilegal e sem controle, uma vez que já restou provado que o setor florestal não é responsável pelo desmatamento da Amazônia, pelo contrário, vem sendo e pode ser cada vez mais um aliado da preservação.